Sistema precisa ser cuidado periodicamente
É de senso comum que o elevador é o meio de transporte mais seguro do mundo. Porém, para mantermos a segurança do equipamento, é fundamental que ele esteja com a manutenção em dia.
“A manutenção dos elevadores é uma das mais importantes do condomínio. Justamente por ser um equipamento muito usado, ele pede cuidados periódicos”, explica Vania Dal Maso, gerente de atendimento da ItaBr.
Legislação de manutenção de elevadores
Em São Paulo, há a lei municipal 10.348/1987, que, entre outros temas decide sobre a obrigatoriedade de contratar uma empresa de conservação com registro válido no CONTRU (Departamento de Controle do Uso de Imóveis)
Esta empresa deverá contar com um engenheiro como responsável técnico. Além disso, deverá, anualmente, fazer uma inspeção completa nos elevadores do condomínio, com a emissão do RIA (Relatório de Inspeção Anual). Este documento deve ficar afixado em área comum – geralmente no quadro de avisos.
Escolhida a empresa, além do RIA, a mesma deve também contar com um contrato de manutenção.
“É fundamental que o elevador receba uma visita mensal da empresa para verificar. O zelador deve acompanhar o técnico, se possível”, assinala Vania.
A visita presencial ajuda a manter elevador, cabeamento e outros elementos sempre em dia.
Fabricantes X Paralelas
O custo da manutenção dos elevadores é uma queixa bastante comum. Por isso, alguns condomínios, optam por um contrato com as chamadas “empresas paralelas”, que são companhias que não são as fabricantes dos elevadores.
“Realmente, o valor mensal é mais baixo. Porém, eu não recomendo trocar a fabricante por uma empresa paralela. Às vezes, as peças usadas nessas manutenções não são exatamente as ideais, o que pode levar ao sucateamento precoce do equipamento”, alerta Vania.
Além disso, com o envelhecimento dos elevadores, em algum momento o condomínio vai precisar voltar ao fabricante para a manutenção.
“Pode ser que, neste momento, toda a economia feita ao longo do tempo se perca. Por isso sempre ressalto que, apesar de mais cara, a empresa fabricante vale mais a pena”, aponta ela.
Tipos de contrato
Atualmente há duas formas mais comuns de se fazer o contrato de cuidado com os elevadores:
– Manutenção: contrato com previsão de peças
– Conservação: contrato sem previsão de peças
Vale ressaltar que mesmo nos contratos de manutenção, não são todas as peças que estarão cobertas pela empresa.
“Para os condomínios que prefiram o contrato de conservação apenas, minha sugestão é que façam um fundo de caixa com a diferença entre o valor dos contratos. Assim, quando for necessário adquirir uma peça, já há fundos para fazer frente a este gasto”, explica a especialista.